Sporting vs F.C.Porto - Frio ... como o tempo.
imagem retirada do site fcporto.planetaportugal.com
O Sporting entrou em campo com muitas cautelas. Apostado em fechar os espaços atrás entrou com André Santos, Pedro Mendes (jogão!) e Maniche muito compactos. Na frente sobravam Valdés, Postiga e Liedson, para fazer as despesas do ataque.
No Porto regressava Fernando, ao meio campo mais utilizado da temporada, com a inclusão de Emídio Rafael (uma surpresa para mim que esperava, neste jogo, a utilização de Fucile) à esquerda.
A primeira parte foi controlada pelo Sporting. A equipa leonina apresentou-se com muitas cautelas, apostada em segurar a pressão inicial que o Porto costuma exercer sobre os adversários. O meio campo estava compacto, mas apresentava-se muito longe do trio da frente onde Postiga ia fazendo remates à baliza de Helton.
Aos 14 min aparece a primeira oportunidade de golo, com Falcao a surgir na cara de Rui Patrício e a falhar escandalosamente, rematando ao lado.
Poucos minutos depois, o primeiro lance de verdadeiro perigo do Sporting, com um remate estrondoso, de Pedro Mendes, à barra da baliza de Helton que se limitou a seguir a bola com os olhos.
O Porto não encontrava espaços e parecia um pouco "conformado" com a forma como o jogo corria. Jogadores um pouco apáticos, pouca velocidade na troca de bola e um Fernando (bem) abaixo do que costuma fazer com muitos passes falhados e perdas de bola infantis.
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Apesar de tudo, o Sporting também não apresentava grande acutilância ofensiva até que numa bola longa, e apesar do fora de jogo de Valdés ser evidente, Rolando fica fora da jogada e Maicon aborda o lance com demasiada confiança deixando o Chileno isolado para fazer o primeiro. O Sporting ia para o intervalo a ganhar, mais pelo mérito de ter amarrado os Dragões, do que pela produtividade ofensiva que (não) vinha a apresentar.
Na segunda parte as coisas mudaram. Villas-Boas deixou os mesmos intérpretes, mas mexeu na estrutura do meio campo e o Porto começou a mandar. Varela e Hulk, que tinham passado ao lado do jogo na primeira parte, começaram a ter mais espaço, tanto para dar profundidade na linha como para as diagonais interiores que tanto gostam.
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Depois de um período muito forte, o Porto chegou, naturalmente, ao golo, pelo inevitável Falcao. Depois de uma recuperação de bola, Moutinho isola Hulk e este assiste o Colombiano para o 7º da temporada (na liga).
Os azuis-e-brancos mandavam no jogo e parecia que, frente a um Sporting que se começava a mostrar "cansado", poderia marcar novamente até que … Maicon decidiu dar uma prenda de Natal antecipada e foi para a rua. Depois de ver o lance novamente, parece não ser falta, de facto, mas é uma infantilidade inadmissível num jogador de alta competição.
Villas-Boas via-se assim forçado a colocar Otamendi e o Porto passou a estar mais preocupado com o controlo do resultado do que em chegar à vitória. Afinal de contas, com menos um, era preferível empatar e deixar os Leões a 13 pontos.
Um jogo que prometia ser bem mais quente do que foi, muito por culpa da abordagem excessivamente cautelosa com que o Sporting o abordou, na minha opinião.
Queria apenas deixar algumas notas paralelas:
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- a primeira vai, inevitavelmente para João Moutinho. Assobiado durante todo o jogo, como seria de esperar, o antigo capitão leonino mostrou ser um jogador com uma maturidade impressionante. Não entrou em picardias, esteve na jogada do golo com um passe soberbo e só não jogou mais porque também esteve muito (bem) vigiado.
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- a segunda vai para Villas-Boas. Falhou, novamente, ao ser expulso. Quando a equipa precisava de alguém que passasse tranquilidade para dentro do campo e numa altura em que o treinador é essencial, Villas-Boas foi para a rua sem necessidade nenhuma, protestando (novamente) um lance que foi claramente bem ajuizado pelo árbitro.
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- a terceira vai para o árbitro, Jorge Sousa. Esteve mal, na generalidade. Apesar de eu achar que alguns erros não servem para desculpar um resultado eventualmente menos positivo, falhou no golo do Sporting, falhou ao não expulsar Maniche por (mais uma) agressão - a João Moutinho e falhou na expulsão de Maicon ao avaliar mal a já famosa "manha" de Liedson.
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- finalmente, a última nota, para algumas entradas sobre João Moutinho. Se é verdade que, na generalidade, o jogo não teve grandes problemas a nível de faltas duras, não é menos verdade que Moutinho foi carregado com "toques" desnecessários e feios. E se muitos deles até podem passar em claro, aquela agressão de Maniche não pode nunca ser permitida com tanta displicência. Apesar de tudo, não concordo com a teoria de André Villas-Boas que acha que houve "caça" ao Moutinho.
Fica o resultado, que não agrada de todo à equipa Portista, que mantém o Sporting a 13 pontos, mas que pode permitir ao Benfica encurtar para 8 a distância para os da frente. André Villas-Boas disse que um dos objectivos era virar o ano sem baixar dos 10 pontos de vantagem ... não está fácil. De qualquer maneira, nada que comprometa os objectivos finais, nem tudo o que tem vindo a ser feito até aqui.
Até breve!
Atentado em Tel Aviv
Está na hora...
Como seria lindo encher o Estádio da Luz no próximo jogo. Há 65 mil benfiquistas que sejam capazes de dizer presente numa hora como esta?
E a equipa? Entrar em campo para um jogo com a Naval e ter um estádio cheio de adeptos á espera, depois da vergonha no Porto?
Um estádio de adpetos campeões, fortes, unidos, mais unidos do que nunca, ligados pela inabalável convicção de ser do Glorioso?
Não é pelo Jorge Jesus, nem pelo Rui Costa, LFV, os jogadores, não, é por algo muito maior que todos nós, que nos une a todo: o benfiquismo.
E que manifestação de força para o exterior!
Vamos a isso?"
Não podemos desperdiçar o privilégio que é poder apoiar o nosso clube. Vão ao estádio, passem a palavra, emprestem o red pass. Apoiem o Benfica!
Está nas nossas mãos mostrarmos a nossa força!
Está na hora dos verdadeiros darem a cara...ou és um simples adepto dos bons momentos?
Abraço e FORÇA BENFICA!
O melhor Sporting... e também o pior!
Tal como o jogo que opõs Sporting e Guimarães, vou dividir esta análise em 2 partes distintas.
Primeira Parte
Lembram-se de eu vos falar do melhor Sporting que ninguém queria ver? Ontem, no jogo que tinha em disputa o 2º lugar da Liga Portuguesa (em igualdade pontual com os da Luz) essa afirmação tornou-se de tal forma evidente que quem viu o jogo, não a poderá negar. É certo que o Guimarães entrou em campo numa abordagem algo expectante, deixando o controlo do jogo cair nas garras leoninas, mas quando se aperceberam estavam a levar um tamanho banho de bola que o progredir do jogo fazia lembrar aquele que aconteceu Domingo, no Dragão.
O Sporting, com grande destaque para Valdez, e depois de uns primeiros minutos algo tremidos, teve o Guimarães nas cordas durante toda a 1ª parte. Dos vimaranenses apenas se viu um cabeceamento ao lado, enquanto que o Sporting deu, como começa a tornar-se hábito na Liga (haverá piores) um espetáculo de falhanços sucessivos.
Marcou só 2 é certo, sendo o primeiro válido, segundo Manuel Machado e o segundo mal validado, pois não só a bola não entrou como o guarda-redes do Vitória sofreu falta (terá sido o mesmo assistente que não viu a mão do jogador do Paços, há uns anos?)... mas se tivesse marcado 3 ou 4 não seria escandaloso. É bem verdade que a equipa do Vitória ficou completamente desorientada depois da validação do 2º golo, mas mesmo antes disso não mostrou sinal que pudesse inverter o fluxo ofensivo Sportinguista.
Boa circulação de bola, boa rotatividade dos jogadores, uma primeira parte exemplar. Certamente o melhor exemplo do trabalho que Paulo Sérgio tem feito em Alvadade, e um sinal inequívoco que Valdés tem lugar assegurado no 11 inicial durante os próximos tempos.
Segunda Parte
Mas ser do Sporting não é para todos e isso ficou provado na 2ª parte. Depois de uns primeiros 45 minutos de sonho e de um intervalo em que o optimismo (reservado, note-se) era geral os leões desceram do ceu ao inferno de uma forma que só o futebol permite.
Para começar, o Guimarães que entrou em campo estava completamente transfigurado. Manuel Machado levou a revolta (que exprimiu no fim da primeira parte à equipa de arbitragem) para o balneário e soube-a transformar em sede de bola por parte da sua equipa. O Sporting, por sua vez, transformou-se também, mas no Vitória de Guimarães da primeira metade do encontro.
Tal opção por parte de Paulo Sérgio é para mim compreensível, devido ao resultado que figurava no placar. A equipa de Manuel Machado teve então uma série de oportunidades, mas por falta de pontaria, e uma ENORME defesa de Rui Patrício não conseguiu transformar o a fome em golos.
Chegávamos então aos 70 minutos e o Guimarães, tanto frustrado com a falta de acerto como a mostrar alguma falta de capacidade física de manter o sufoco começava a perder o controlo do jogo que vinha tido a ter. O Sporting, mesmo que já estivesse a precisar de substituições à algum tempo, começava a ter bola e a criar jogadas...
... até que aos 72 minutos Maniche é expulso. Incompreensível e imperdoável, mesmo que fosse em reacção a uma mão que um adversário lhe meteu (provavelmente inadvertidamente) na cara. E mais ainda! Zapater estava nesse preciso momento já ao pé do 4º árbitro para tomar o seu lugar... Claro que o clube da cidade berço não se fez rogado e aproveitou esta injecção de moral para dizimar o Sporting com ataques sucessivos.
Pedia-se neste momento uma alteração no 11 leonino... e que faz Paulo Sérgio? À imagem de JJ, fica preplexo com o que se passava em campo, completamente incapaz de pensar numa reacção, e quando finalmente toma uma atitude.... tira das 4 linhas o melhor jogador em campo até à altura, Jaime Valdés (que ainda assim recebeu uma ovação em pé dos 20.000 presentes). Obviamente que, sem meio campo e com o jogo a mais da UEFA a pesar nas pernas o Sporting desabou completamente. Um tal de Targino, aproveitou-se da situação e, vindo de uma pausa de 10 meses por lesão, marca 2 golos em 2 minutos.
O clima em Alvalade era pesadíssimo, mas ainda assim nesta altura ainda havia a possibilidade de partilhar um ponto com o Guimarães, ou até quem sabe voltar à liderança com o 3-2, que chegou a estar perto num ataque de Vukcevic, que não concretizar uma chance dupla com um remate à figura do guarda-redes e outro a embater num defesa.
Pedia-se, suspirava-se, suplicava-se, por substituição em Alvadade! Com Nuno André Coelho, Djaló, Carlos Saleiro e Diogo Salomão no banco certamente havia alguém capaz de segurar o Sporting por 10 minutos. Mas Paulo Sérgio hesitou infinitamente, e quando o CS9 entra já o resultado estava feito num 3-2 decepcionante.
Mas, por muito má que tenha sido a segunda parte, tenho a certeza que terei - e terão todos vocês - oportunidade de voltar a ver o Sporting da primeira parte. E é bom que ele apareça, pois segue-se uma série de jogos mortífera, com Académica, Paços, Porto e Lille.
Esforço, devoção, dedicação... e glória !
F.C. Porto vs. S.L. Benfica - Noite de gala vista por um Portista.
Sou do Benfica...
F.C. Porto vs. S.L. Benfica - Fim de semana clássico.
Missão Cumprida
O melhor Sporting, ganha 4 jogos seguidos !
U.Leiria, Rio Ave, Gent e Estoril Praia... é certo que estão longe de serem potências internacionais, europeias, ou até dos seus campeonatos (ups :p), mas a verdade é que já se seguem 4 vitórias nos últimos 4 jogos dos leões. De um (falso) 8º lugar subimos, numa só jornada, para 4º (empatados com o 3º lugar do Vit. Guimarães) e o jogo que se segue, fora contra o Gent, pode confirmar não só a série de vitórias como também a passagem à próxima fase da Liga Europa.
Infelizmente não pude ver o jogo contra a U.Leiria, mas um número superior a 70 ataques que veio descrito no Record e 2º golo do Valdés chegam-me para ficar tranquilo com o futuro próximo do Sporting.
Para quem não viu, aqui fica... (o Hulk que se ponha a pau :p)
Aproveito, já agora, para analisar algumas notícias recentes do Sporting.
Primeiro a recuperação de Pedro Mendes. Peça fundamental no Sporting do ano passado o médio antecipou o período de recuperação previsto em 1 semana e está de volta ao relvados. No entanto, como disse Paulo Sérgio “uma coisa é estar recuperado clinicamente e outra é estar apto para competir”, pelo que há que esperar pacientemente o seu regresso.
De seguida, uma possível futura contratação Sportinguista. Nem mais nem menos que Hugo Almeida! Especulações da imprensa à parte, disse o próprio: "Dentro de um mês posso assinar um novo contrato com outro clube, mas gosto muito de estar aqui e, quem sabe, pode ser que fique aqui, ou não. Logo se vê.". Como é óbvio, face às exibições que apresentou no mundial (que reflectem aquilo que tem feito no Wender Bremen) fico bastante contente com estas notícias, a custo 0 era uma excelente contratação (portuguesa) para o Sporting. Resta só saber se há dinheiro para o ordenado...
Para concluir... um sintético em Alvadade!? Até fiquei parvo quando lí a notícia mas a verdade é que, devido à estrutura do estádio que não permite que uma grande parte do relvado apanhe sol, aos problemas que teve desde a inauguração e também ao facto de o Sporting, como regra, ultimamente jogar sempre pior em casa, começo a pensar se não será uma boa alternativa. O único relvado sintético que experimentei - na minha escola secundária - era terrível, e os que vi em jogos nórdicos também não deixavam nada a desejar, mas acredito que na segunda década do século XXI e com as condições económicas do Sporting, a ciência já tenha desenvolvido alguma coisa que consiga superar o areal em que muitas vezes os nossos jogadores são forçados a jogar.
Tenho fé na consciência dos líderes de Alvalade em tomar esta decisão, que a Bola diz já ser definitiva para a próxima época.
Sem mais assunto de momento, Força Sporting vence por nós!