Nacional vs Benfica, "Entre as neves da Serra"

Adivinhava-se uma deslocação difícil à Madeira, contra um conjunto de jogadores que têm sempre uma motivação extra para jogar contra o Benfica. O jogo foi bastante difícil, com problemas extra jogo que dificultaram ainda mais a tarefa do Benfica, mas o mais importante foi conseguido, os três pontos vieram para Lisboa.



Primeira parte marcada pelo intenso nevoeiro e por duas paragens no jogo devido ao mesmo. Resultado: Pouca gente viu o que se passou dentro de campo, mas percebeu-se que o Nacional entrou mais forte (talvez por estar habituado a estas condições climatéricas) e aproveitou alguns erros posicionais de Jardel e Emerson que deram muito espaço ao sprinter Matheus.

Contudo, beneficiando de duas paragens no jogo e de um golo de Cardozo aos 20 minutos, na segunda vez que o Benfica foi à baliza do Nacional, Jorge Jesus conseguiu corrigir o posicionamento de Emerson ... e o Nacional acabou. Por conseguinte o Benfica cresceu e acabou por valer Elisson a impedir por inúmeras vezes o 2º golo do Benfica.

Numa segunda parte sem nevoeiro, o Benfica entrou dono e senhor do jogo. Sem deslumbrar, é certo, mas com uma postura adulta e bastante consciente do que era preciso fazer para vencer o jogo. Falharam-se inúmeras oportunidades de golo, o que poderia ter causado problemas no fim do jogo, mas o Benfica acabaria por dilatar a vantagem depois de um contra ataque conduzido, na sua totalidade, por Bruno César.

O Benfica beneficiou também da expulsão de João Aurélio a meio da segunda parte, por faltas a parar 2 contra ataques de Gaitan e Bruno César.



Vitória justa do Benfica, num terreno muito complicado. Segue-se agora uma paragem no campeonato que servirá para recuperar forças, porque vêm aí jogos muito difíceis.

Melhor em Campo do Benfica: Cardozo. Com Aimar muito marcado e Nolito desinspirado, o Paraguaio teve um jogo muito desgastante, mas muito importante, marcando um golo e criando mais duas ou 3 oportunidades, defendidas por Elisson.

Melhor em Campo do Nacional: Elisson. Matheus e Candeias também estiveram bem na primeira parte, mas acabou por ser o guarda redes do Nacional a impedir que o resultado fosse maior...

Pior em Campo: Felipe Lopes.



Nota 1: Alguém percebeu o ódio que Felipe Lopes tem por Witsel? Compreendo que anda por aí muita cabeça à roda com as exibições do Belga, mas se o objectivo de Felipe Lopes era pará-lo com uma lesão... é estranho. No vídeo, podem ver duas entradas completamente fora de tempo de Felipe Lopes sobre Witsel (aos 2:41 e 3:19 do vídeo). Se a primeira pode ser entendida como uma situação de jogo... a segunda é uma agressão barbara, pura e dura, que poderia ter resultado numa lesão muito grave. Compreendo que o árbitro não tenha visto, por estar com o ângulo de visão reduzido, mas não vou perceber se Felipe Lopes puder jogar os próximos 3 ou 4 jogos do campeonato.

Nota 2: O nevoeiro! Bella Gutman disse, numa frase que ficou celebre, que os adeptos do Benfica iam atrás da equipa a qualquer lado... incluindo no seu discurso "as neves da serra". É verdade, os adeptos do Benfica vão! Ontem, foram outra vez... e a pagar no mínimo 40 euros (preço do bilhete mais barato enviado para o estádio da luz). Pois bem, nem um estádio da LUZ (um estádio 5 estrelas) tem preços desse género para visitantes...

É uma vergonha que a Liga, e as empresas de áudio visuais (e chamo-lhes áudio visuais, para não lhes chamar....) permitam que o Nacional, sabendo que o tempo vai estar assim, jogue no seu estádio e não tenha de procurar uma alternativa (como fazia antigamente). O NACIONAL da Madeira, tem de ser responsabilizado por estas coisas, porque são eles que não querem uma alternativa! Os adeptos do Benfica pagaram 40-65 euros, para ver 45 minutos de futebol... brilhante!

FORÇA BENFICA e FORÇA RICARDO GOMES!

E Pluribus Unum

Sporting e Elias


Não gosto de escrever sobre rivais, mas desta vez não resisto... e não! Não vou dizer mal da equipa, dos jogadores, do treinador, da política de contratações, ou do que seja...

O Sporting está "novo", com uma nova direcção, novas políticas, novo treinador e 16 novos jogadores. Talvez seja muita coisa nova, para que se possam exigir coisas boas a curto prazo, talvez não. Talvez não, porque o Sporting tem um conjunto de jogadores como eu não me lembro de ver, tem um treinador que chegou rotulado de "craque" e não é por o plantel ser novo e estar em construção que se justificam os resultados recentes (acham que o Beira Mar, Marítimo, ou Olhanense têm uma equipa rotinada?).

Adiante...o Sporting tem ovos (muitos e bons), tem cozinheiro, mas ainda não tem omelete. Cabe aos sportinguistas pensar qual a razão da omelete estar a demorar a sair. Será por Domingos jogar com 2 (dois) de 16 reforços? Será por os adeptos não terem paciência? Será porque os árbitros não estão a ajudar? Talvez seja por tudo isto...mas sinceramente, não me interessa.

Só vou dizer qual seria a "minha" táctica e o meu "onze", se eu fosse (Deus me livre) Domingos Paciência:

football formations
  • 4-3-3, um triângulo invertido no meio campo, com a primeira linha de pressão bastante alta, dois extremos rápidos e um finalizador;

  • Defesa: João Pereira enquanto Arias não se adaptar e Ínsua (que precisa de uma oportunidade para mostrar o que vale -muito) porque Evaldo é mau. No centro, considero que Carriço e Polga não são centrais para jogar num clube como o Sporting... como tal jogariam os outros dois. Este sector precisa de ser reforçado (trocava Polga por um central alto e Carriço por um central rápido).

  • Meio campo: Rinaudo, Izmailov e Elias. Se Rinaudo conseguir adaptar as suas características ao futebol Europeu será um caso sério naquela posição. Izmailov, foi a médio centro que o vi fazer os seus melhores jogos ao serviço do Sporting. Elias (adoro este tipo de jogador) é um grande jogador, com um pulmão incrível, recupera muitas bolas, pressiona alto e aparece muito bem a finalizar (vai fazer lembrar outro que por lá andou e que deixou saudades aos Sportinguistas).

  • Ataque: Quem tem Jeffren e Capel, tem de ter um ponta de lança que aproveite as oportunidades de golo (nem quero imaginar o que seria o Liedson com estes dois nas alas). Veremos qual o ponta de lança escolhido que será apresentado até 4ª feira. É incrível como actualmente jogam todos os avançados, menos o que está em melhor forma.
E era este o "meu" (Deus me livre outra vez) Sporting.

Pergunta: Porque razão assobiam o Postiga e o Djaló durante os jogos?

Cumprimentos

FORÇA BENFICA e FORÇA RICARDO GOMES!

Benfica, Gil Vicente, Porto, Arbitros e Jorge Jesus

Confesso que não vi o jogo Benfica vs. Gil Vicente com a devida atenção, nem tive o tempo necessário para fazer um post sobre o jogo.

Mas estou farto que me venham dizer que o golo de Nolito está em fora de jogo. Acham que está? Parabéns para vocês. Podem continuar a comer o que a CS quer passar e até o que os vossos olhos gostavam de ver.

Os senhores do Trio de Ataque disseram que estava fora de jogo? O Jorge Coroado disse que estava fora de jogo? Então assim passa a ser uma verdade absoluta? E que tal haver alguém realmente interessado em ver se está fora de jogo? É que pelas imagens televisivas (desta vez ninguém teve uma linha daquelas amarelas para tirar dúvidas) é impossível concluir tal coisa.

Hoje, Jorge Jesus, criticou (e mal, porque tem é de treinar a equipa e estar calado) a arbitragem do jogo do Porto. Não vi, não sei do que se trata e nem me interessa, nem quero saber... Ele tem é que treinar a equipa e preparar o jogo de amanhã!

Mas claro... como ele criticou... houve logo aquelas mentes inteligentes que vieram (voltar a ) dizer que o Nolito marcou um golo em fora de jogo...

TIREM AS VOSSAS CONCLUSÕES (e sintam-se à vontade para fechar os olhos e continuar a dizer babuseiras)....


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Outro assunto interessante... João Ferreira recusou-se a arbitrar o jogo do Sporting deste fim de semana! Percebe-se a recusa, face aos comentários dos dirigentes Sportinguistas... o que não se percebe é a nomeação de João Ferreira...

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Onde anda a CMVM? Estão esclarecidos com o negócio Falcao+Micael? Brilhante...

Assim dá gosto....

Tenho seguido com bastante interesse o Campeonato do Mundo de sub-20, com particular interesse pela nossa selecção, mas também para ver o futuro do futebol Mundial que tem estado bem representado.



É uma pena que a comunicação social Portuguesa esteja a dar tão pouca cobertura a esta competição. Talvez seja por acharem que a nossa selecção não tem nenhuma estrela, nem pratica futebol espectáculo. Talvez por não gostarem do treinador, dos jogadores. Talvez por não serem jogadores extravagantes ou mediáticos... Talvez pensassem que Portugal viria para casa "rapidinho"... mas enganaram-se...e ontem viram-se forçados a transmitir o jogo da selecção na RTP 1.

Para os mais desatentos, é verdade! Portugal está no lote das 4 melhores selecções do Mundo de sub 20. Feito notável, numa competição em que temos um bonito historial!

Ontem, nos quartos de final, defrontámos a forte selecção da Argentina, que joga sobre a batuta de um jogador fantástico chamado Eric Lamela. Vencemos nos penaltis... e soube muito bem!



Depois de um empate a zero, num jogo bastante dividido...Portugal chegou ao terceiro penalti a perder 3-1 (Danilo e Roderick falharam)...e só um milagre poderia salvar Portugal... E o milagre aconteceu...Primeiro a barra, depois Mika (que se lesionou para segurar um penalti que daria a vitória à Argentina)...e novamente Mika a defender o último penalti e a levar a selecção para as meias finais, onde irá defrontar o vencedor do jogo entre a França e a Nigéria.

Destaques:

  1. Defesa: É fantástico que num Mundial, Portugal tenha ZERO golos sofridos em 5 jogos realizados. Brilhante. É trabalho de equipa, não é por a defesa ser do outro mundo.
  2. Meio Campo: Falta um virtuoso... mas quando 3 jogadores do meio campo correm os 90 minutos, suam, lutam e mostram o orgulho que sentem em vestir aquela camisola... não se nota a sua falta.
  3. Ataque: Os portugueses estão habituados a ter um ataque desconcertante, com alas desequilibradores e ... futebol espectáculo. Nada disso! Esta selecção é uma verdadeira equipa e, não tendo um ataque brilhante (longe disso), mostra coesão em todos os sectores. Estes avançados (que por norma são "de malabarismos" e de "brilhantismos"), nesta equipa vestem a pele de operários e trabalham o jogo inteiro pela equipa.
Jogadores em Destaque:

  1. Mika: Guarda redes contratado ao Leiria pelo Benfica, tem mostrado que Portugal pode estar tranquilo quanto aos guarda redes para o futuro. Não é exuberante, mas para a idade demonstra uma maturidade incrível e já sabe liderar muito bem a defesa. É seguro entre os postes, não tem medo de sair da baliza (tem de melhorar este ponto) e dá muita confiança ao sector defensivo. Ontem defendeu 2 penaltis, fez mais uma ou duas grandes intervenções...e no fim chorou de orgulho. Ambiciona ser o melhor deste Mundial!

  2. Nuno Reis: Um verdadeiro capitão. Formado no Sporting e emprestado pelo segundo ano consecutivo ao Cercle Brugge, têm-se surpreendido pela maturidade e pela qualidade. É um líder em campo e não é fácil ser ultrapassado (quer pelo chão, quer pelo ar -apesar de ser baixinho-). Ontem, no fim do jogo, uniu a equipa, falou como capitão, comemorou o seu penalti como se da conquista do campeonato se tratasse... no fim portou-se muito mal (e espero que não seja castigado)!

  3. Roderick: Tem características para ser fantástico... mas não é. Precisa de jogar a tempo inteiro, precisa de ganhar massa e precisa de melhorar os seus índices de concentração. Quando conseguir isso, voltará ao Benfica e será um líder. No meio dos outros miúdos raramente errou, mas tem de mostrar mais, pela qualidade que tem.

  4. Danilo, Júlio Alves e Péle: Os três formam um meio campo de combate. Rápidos, fortes, possantes e muito, mas mesmo muito bons jogadores. Curioso o facto de nenhum deles continuar a jogar em Portugal (Danilo foi formado no Benfica, mas recebeu uma grande proposta do Parma, Pelé saiu do Belenenses para o Genoa e Júlio Alves - irmão de Geraldo e Bruno Alves - vai jogar no Atlético de Madrid). São os três, mas principalmente Danilo, fantásticos!
  5. Caetano: Do alto do seu 1.62m e dos seus 55Kg... tem sido um autêntico quebra cabeças para as defesas contrárias. É rapidíssimo, luta até ao fim e é muito importante na manobra ofensiva da selecção. É produto das escolas do Porto, mas foi dispensado e actualmente joga no Paços de Ferreira (onde já no ano passado se mostrou).
  6. Sérgio Oliveira: É óbvio que há ali muita qualidade...mas parece que falta alguma coisa, ou pelo menos tem faltado. Apesar de tudo, parece-me que se melhorar alguns aspectos tácticos e o seu mau feitio, tem tudo para ser um jogador de 1ª Liga!
  7. Nelson Oliveira: É o ponta de lança da Selecção (marcou 2 golos, que valeram duas vitórias) e têm-no comparado a Cantona (no torneio de Toulon era o Rivaldo). Comparações à parte, Nelson Oliveira é Nelson Oliveira. Não sendo um Ponta de Lança virtuoso, matador, nem brilhante... é um bom ponta de lança, que trabalha muito, joga e faz jogar, tenta rematar muitas vezes, massacra as defesas contrárias. É exímio a guardar a bola e muito forte fisicamente... tem de melhorar alguns aspectos, tais como: libertar mais rapidamente a bola, cabeceamento, etc... mas vai ser um grande jogador. Não é a estrela da selecção, porque neste selecção não há esse estatuto... e ainda bem!
Equipa: Tinha saudades de ver uma selecção portuguesa jogar sem "meninos bonitos". Estes jogam com garra e notam-se que estão ali com o maior gosto da vida. Quando Roderick falhou o 3º penalti no jogo de ontem...só parou de chorar no balneário, o que demonstra a ambição e a vontade destes miúdos. Esta é uma verdadeira selecção e devia ser um orgulho para todos os Portugueses, independentemente do resultado final deste Mundial, independentemente do futebol que praticam... São uns heróis!

Força PORTUGAL!

Sporting [1-1] Olhanense - Carlos Xistra não é de Olhão...



Primeiro que tudo, queria pedir desculpa a todos os que lêem o blogue mas da minha parte (e claro, do meu irmão) vamos ter maiores dificuldades em acompanhar os jogos do nosso clube neste mês de Agosto, devido ás férias de família. Pelo mesmo motivo não fiz o post sobre o jogo com a Udinese.

Indo ao que interessa... mesmo após um decepcionante jogo de apresentação aos sócios e uma apagada prestação no Troféu Ramon Carranza, os adeptos voltaram a comparecer ao serviço e novamente "encheram" o estádio José (de) Alvalade, pelo menos enquanto a ideia do naming não pairar a cabeça do presidente.

Vamos lá então á análise das 3 equipas em campo:

Sporting

Domingos Paciência decidiu alinhar com um 4-3-3, com um médio de cobertura (Rinaudo), um de transição (Schaars, que se pronuncia Scaars ao contrário do que gritava o speaker) e André Santos a apoiar o jogo do meio-campo. A tarefa de desequilibrar estava entregue a Yannick, Postiga e Jeffrén.

Sobre o onze titular...

- Polga? Então contratam-se dois centrais para quê?

Uma equipa que quer ser campeã têm de ter centrais capazes de atacarem bem a bola ou aproveitarem os ressaltos na área nas bolas paradas. Polga têm ZERO golos na liga, uns bons anos nas pernas e fraca impulsão...

- Eu gosto muito de Rinaudo, Schaars e André Santos. São jogadores de qualidade mas... são todos iguais.

- Rubio e Capel entraram com um atraso de 60+ minutos. Rídicula a prestação de Yannick Djaló hoje. Para quem disse que ia fazer a melhor época de sempre no Sporting, foi uma nulidade em campo.

Jogo...

Os jogadores tiveram uma entrada á leão. Com Jeffrén e João na ala direita, muito do jogo passava por esse lado, com a equipa bem organizada, os jogadores estavam soltos e o Olhanense com dificuldade em suster a pressão. Depois... sofrem um golo e desligam.

Um dos problemas da equipa na época passada era ser psicologicamente muito fraca. Um golo sofrido significava que os jogadores paravam de jogar futebol e a bola passava a ser quadrada para eles, na maior parte das vezes era preciso um golo marcado para a equipa se soltar. Tal como os jogos de preparação anteriores mostraram, esta equipa sofre golos facilmente. Uma equipa que quer ser campeã não pode ter esse problema. Este Sporting parece ter a extrema dificuldade em acabar os jogos a ganhar 1-0...

A correr atrás do resultado, a equipa fazia por isso, mas se na defesa há uma dificuldade enorme em manter a baliza segura, nos movimentos ofensivos há problemas em criar desmarcações ou situações de perigo. Muita bola para o lado, para trás, cruzamentos... o Sporting teve 22 remates e 1 golo. Uma equipa que quer ser candidata ao título têm de ter avançados e extremos que façam golos, assistências, remates perigosos.


Olhanense

Wilson Eduardo foi o melhor jogador da equipa algarvia. Se Luís Duque vai dizer para a televisão que o Sporting têm de acabar com casos como Moutinho, Quaresma e etc, porque é que eu tenho de ver um jogador formado no meu clube marcar um grande golo... contra a equipa que lhe paga os ordenados. Não festejou, e fez mais em campo que os avançados da equipa contrária.

Só foi pena foi o anti-jogo nojento que esta equipa fez. Sempre que havia um lance mais duro, os jogadores faziam de propósito para perder o máximo de tempo possível. O guarda-redes Fabiano teve uma actuação em cheio: saiu sem levar um amarelo por demorar a cobrar o pontapé de baliza, tirou 5 minutos ao jogo quando foi tocado por Rubio ao agarrar a bola...


Equipa de Arbitragem

O que eu posso dizer?

Um penalti óbvio por marcar aos 12 minutos de jogo, em que o defesa do Olhanense toca com a bola na mão e ela sai para canto... o fiscal de linha marca canto, ignora a mão na bola - o braço não se mexeu durante e após o contacto - e Carlos Xistra marca... pontapé de baliza.

Um golo limpo anulado aos 69 minutos de jogo... o fiscal de linha está bem-colocado, em linha com os jogadores envolvidos e marca fora-de-jogo.

Jeffrén merecia ser expulso. Seria hipócrita se dissesse o contrário.

Caué devia ter sido expulso por acumulação de amarelos a 5m do final da partida.


Notas Finais

Este jogo foi uma falsa partida. Os jogadores ainda têm de apresentar-se aos adeptos. Como disse até aqui, se esta equipa quer ser candidata a um título que se decide em 30 jornadas de campeonato, não pode sofrer golos facilmente e ser obrigada a marcar dois ou três golos para ganhar. Também têm de ter avançados e extremos que marquem golos, e muitos, e se não é pedir muito, um aproveitamento decente das bolas paradas.

Mas... a equipa de arbitragem influenciou claramente o resultado. Não há discussão. Só com sorte é que o Olhanense sai de Alvalade com um ponto, e isto até foi reconhecido pelo treinador adversário. Não só sorte, mas também penaltis por marcar e golos mal anulados, acrescento eu.

Eusébio Cup fica na Luz


Desta feita, o convidado de honra foi o Arsenal para homenagear o melhor jogador Português de todos os tempos. À partida para o jogo, o "King" pediu que a taça ficasse em casa e a equipa do Benfica fez a vontade ao Pantera Negra.

Tal como Jorge Jesus tinha dito no dia anterior, o 11 inicial teve muitas alterações, mantendo apenas (e bem) a defesa que precisa de ganhar rotinas de jogo. Assim sendo, JJ escalou o seguinte 11: Eduardo, Rúben Amorim, Emerson, Garay e Luisão; Javi Garcia e Matic, Enzo, Bruno César, Jara e Cardozo.

Quanto ao Arsenal, destaque para as ausências de Fabregas e Nasri, que são dois dos melhores jogadores da equipa. Apesar disso, Wenger escalou a melhor equipa que tem à disposição, e que grande equipa, diga-se...

O jogo começou bastante disputado, com notória preocupação do Benfica em pressionar alto, limitando o espaço dos Ingleses. Contudo, apesar da primeira linha de pressão funcionar relativamente bem, a segunda linha de pressão acabou por ceder e permitiu que o Arsenal explanasse o seu famoso carrossel.

Foi com alguma naturalidade, após uma grande triangulação e um erro de Luisão, que o Arsenal chegou ao 1-0, por Van Pearsi. O jogo foi para intervalo com desilusão nas bancadas pelo resultado, mas com a certeza de que os que jogaram são alternativas viáveis.

Na segunda parte, tudo mudou: o Arsenal que poupou Van Persie, Arshavin e Song e o Benfica que mudou toda a equipa, passando a alinhar da seguinte forma:

football formations

E este parece ser o desenho táctico mais propicio ao plantel do Benfica, pois foi clara a supremacia que a equipa teve frente ao Arsenal ao longo de toda a segunda parte. Como diria JJ, foram 45 minutos diabólicos, com um futebol consistente e bonito.

Com esta táctica, o Benfica ganha em todos os pontos do jogo: pressão, posse de bola, variedade, consistência, ataque, defesa, meio campo. A equipa jogou como um todo... e quando assim é, dá gosto.

Foi com naturalidade que o Benfica fez dois golos, por Aimar e Nolito, e podia ter feito muitos mais, evitados pelo guarda redes arsenalista. Grandes exibições de Javi, Aimar e Witsel (que grande meio campo que pode surgir daqui).

No fim do jogo, alegria nas bancadas, a taça vai para o museu, o King foi devidamente homenageado e certamente ficou feliz, muito feliz com o que viu na segunda parte.

Ganhámos ao Arsenal, num bom teste, mas não nos podemos esquecer que não defrontámos o Arsenal mais forte (apesar de achar que a segunda parte do Benfica, chegava e sobrava para o Arsenal da primeira)... e como tal, de nada nos adianta embandeirar em arco e começar a dizer que somos os maiores... NÃO SOMOS! Podemos vir a ser, mas não somos e estamos longe de ser. Há um longo caminho a percorrer, uma equipa para entrosar e muitos pontos para conquistar.

Nós, adeptos, em conjunto com a equipa devemo-nos guiar pelas palavras: raça, querer e ambição, assentes no nosso glorioso lema: E Pluribus Unum, de todos um! Mas sempre, sempre, sempre, sempre... com Humildade.

Cumprimentos

Sporting [1 - 3] Málaga, Rúbio ruge e o resto da equipa... mia.




Dia 5 de Agosto de 2011 [Troféu Ramon Carranza]



Este jogo vinha na sequência duma exibição péssima do Sporting no jogo de apresentação perante os seus adeptos, e os jogadores tinham não só a obrigação de dar uma melhor imagem do clube e deles próprios, mas também uma pressão extra, pois para vários jogadores, fossem eles reforços ou do plantel da época passada, era óbvio - ou se "apresentavam" ou perdiam um lugar no onze inicial.

Para além destes problemas todos dentro da cabeça de Domingos e companhia, do outro lado estava um Málaga que investiu muito no reforço do plantel, tendo no onze inicial jogadores de créditos firmados internacionalmente como Nistelrooy, Joaquin, Júlio Baptista, Cazorla, Toulalan, dando-se mesmo ao privilégio de deixar Buonanotte e Monreal no banco.


Táctica

O Sporting alinhou num 4-1-3-2 com um médio de cobertura (André Santos) e um médio de transição (Stijn Schaars), que deve mesmo ser a táctica que mais confiança dá a Domingos, dado contar com 4 avançados e 5 extremos no plantel, depois da chegada de Jéffren a meio da semana.

Alterações:

Carriço - Rodríguez

Fito Rinaudo - André Santos

Izmailov - Diego Capel

Diego Rubio - Wolfswinkel


Sobre as alterações:

Concordo com a saída de Carriço, Rinaudo e Izmailov. Jogaram num nível muito abaixo do que era esperado e os que entraram deram melhores garantias no jogo de Valência, com a excepção de Capel. Aliás, nunca percebi porque Domingos encostou logo o André Santos após a temporada que fez...


Dúvidas por esclarecer...

Se uns saem após terem feito exibições muito apagadas no jogo anterior, então porque ficaram Evaldo, Yannick Djaló e Hélder Postiga no onze?

E mais grave ainda... porque ficou Diego Rubio no banco?


Jogadores

Primeiro que tudo, o melhor em campo foi sem dúvida Diego Rubio, de longe. Marcou um golo á ponta de lança, esteve numa jogada em que recebe a bola de peito e chuta forte para boa defesa do guarda-redes adversário, gosta de jogar curto e simples no seu espaço, boa técnica, instinto matador, garra... aos 18 anos está a pegar de estaca a posição na equipa. Os outros concorrentes que se cuidem.

André Santos mostrou que têm qualidade para dar luta a Rinaudo - para além de defender bem, também aparece bem no ataque a apoiar e a finalizar.

Wolfswinkel... não apareceu muito no jogo, e quando teve uma oportunidade após uma boa jogada de André Santos que o deixou sozinho na área para rematar, dominou mal a bola. Azarado e a procurar ainda a adaptação á equipa e estilo de jogar.


Jogo

O ínicio de jogo foi equilibrado, ambas as equipas tiveram hipóteses para marcar até que numa boa jogada de ataque Eliseu apareceu completamente sozinho no lado direito, bom cruzamento e Júlio Baptista cabeceia sozinho e marca aos 35' .
Poucos depois, o outro lateral (Gámez) desmarcou-se no lado esquerdo, bom passe e movimento para trás de Van Nistelrooy, que com espaço finalizou bem aos 42'.

Na segunda parte houve as habituais substituições. Jéffren entrou para o lugar de Capel (apagado) e mostrou bons pormenores, bem como Carrilo, que voltou a mostrar boa técnica e umas fintas de encher o olho. Ambos merecem oportunidade de ser titulares nos próximos jogos...

Foi então que Rinaudo fez um grande passe para Rubio finalizar, e esse golo agitou a equipa, que começou a atacar com mais garra e vontade de empatar o jogo. Foi então que... Jéffren passa por um jogador e sofre um penalti, que o arbitro decide não marcar mesmo apesar de estar muito perto. Logo a seguir, João Pereira aparece completamente sozinho na área e o fiscal de linha assinala um fora-de-jogo inexistente.

Logo a seguir, no melhor período do Sporting, novo golo do Málaga após uma jogada simples e prática, com Buonanotte a desmarcar Róndon que passou para Júlio Baptista finalizar, num triângulo perfeito feito pelos jogadores do Málaga.

O jogo acabou com o Sporting quase a chegar ao 3-2, após Rúbio receber uma bola de peito e explodir para uma brilhante defesa do guarda-redes adversário, e na jogada seguinte André Martins rematou e um jogador do Málaga cortou em cima da linha.


Notas
  • Uma má primeira parte, com muito nervosismo nas bolas paradas defensivas e a sair a jogar;
  • Boa pressão em cima da defesa do Málaga que teve dificuldades em sair a jogar, com vários passes falhados e bolas ganhas;
  • O trio Evaldo-Djaló-Postiga voltou a ser titular após uma exibição menos conseguida, e depois de hoje não sei se no próximo jogo voltarão os três a ter lugar no onze inicial;

Por último, parabéns ao benfica pela passagem á próxima eliminatória.
 
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