O último dos grandes a jogar nesta jornada tinha pela frente um jogo teoricamente fácil. O Leiria, apesar de bem classificado e de jogar em casa, apresentava 4 derrotas caseiras consecutivas e recebia os azuis-e-brancos com uma táctica (demasiado) cautelosa.

O Porto, com algumas mexidas, apresentava Fucile e Guarín no onze titular e procurava mais uma vitória para aproveitar o deslize do Benfica alguns dias antes.

O jogo mostrou sempre que o Porto era a equipa mais forte. Nem sempre com a velocidade desejada (ao invés de rodar jogadores a gestão do esforço também é feita com a intensidade com que os jogos são abordados), dando a entender que acreditava marcar mais tarde ou mais cedo, a equipa nortenha procurou sempre a posse de bola que lhe é característica. Guarín conferia mais poderio físico no meio campo e maior capacidade de remate de longe e Belluschi mostrava-se inspirado com alguns passes de ruptura.

A primeira parte foi calma. Sem grandes oportunidades, o Porto encontrou um Leiria muito fechado e não procurou grande intensidade, dando-se ao ritmo dos Leirienses. Um pénalti que escapou ao árbitro e duas boas defesas de Gottardi foi o que se viu na primeira parte (tirando um ou outro remate de longe facilmente encaixados pelo brasileiro).



Na segunda parte o Porto mexeu um pouco. Subiu Guarín no terreno, recuando Moutinho para a posição 6, e a alteração deu frutos com uma bomba do médio Colombiano a abrir as portas do triunfo. Guarín mais uma vez decisivo, como já o foi em outras vezes esta época e também no final da época passada onde marcou diversos golos importantes.



A partir daí o Leiria viu-se obrigado a abrir um pouco mais e o espaço começou a notar-se. Falcao teve uma oportunidade soberana após um (grande) passe de Belluschi, mas proporcionou uma excelente defesa a Gottardi. A vitória só foi garantida numa desmarcação rápida de Hulk que foi travado em falta dentro da área pelo guarda-redes brasileiro. O Porto faria o 2-0 e Hulk para além de acrescentar mais um à conta pessoal, quebrava um jejum de alguns jogos sem marcar.

O Brasileiro teve ainda um gesto bonito, fazendo alusão à simpatia que nutre pelo Japão após ter jogado na liga Japonesa de futebol ao envergar uma camisola dizendo "Japão, o meu coração chora. Estamos juntos, força!".

Um triunfo merecido e mais um passo importante na caminhada para o título. A União nunca foi uma equipa capaz de criar perigo, mas durante algum tempo pareceu que o adormecimento do Porto poderia impedir os dragões de conquistar os 3 pontos.

Felizmente, tudo se resolveu pelo melhor.

Uma nota: 2 penalties por assinalar sobre Belluschi. Esteve mal o árbitro, mas felizmente a equipa foi capaz de se abstrair desses erros e continuar à procura do resultado.