Mesmo depois dos mais recentes resultados do Sporting, que deixou o meu clube basicamente sem muito mais para lutar até ao final da época, decidi aceitar o desafio de ver a meia final da Taça Carlsberg ao estádio com mais anéis e cadeiras de Portugal, o místico estádio da Luz.

Era à partida um desafio onde mesmo a estreia de Couceiro dificilmente traria algo que não fosse a derrota para os Leões... e tal como seria de esperar o Benfica entrou em campo pressionante e encostando o Sporting às cordas. Isso seria de esperar, uma vez que para todos os efeitos estavam a jogar em casa, mas é de destacar a solidez com que o Sporting, principalmente através de Torsiglieri que fez um jogo de destaque, susteve a onda encarnada.

Eventualmente, e manifestamente contra a corrente do jogo, o Sporting chega ao 0-1 através de um cruzamento de Matias que encontra Postiga entre Luisão e Roberto.

Não escondo que foi muito... satisfatório... festejar um golo no terreno do adversário da 2ª circular, mas infelizmente a realidade voltou minutos depois, com Cardozo a fazer de cabeça o golo que Rui Patrício lhe tinha negado momentos antes.

Na 2ª parte o Sporting entrou, algo surpreendentemente para mim, de forma bastante positiva, mandando inclusive no jogo durante uns bons 20 minutos. Vuk a certa altura voltou a ligar o modo "não passo a ninguém" e Couceiro tirou-o quase de imediato, o que também é de louvar.

Ao aproximar-se o final dos 90 minutos o Benfica consegue finalmente recuperar o controlo do jogo, com ataques sucessivos pelo flanco esquerdo, onde estava o recém-entrado Jara. O Sporting parecia capaz de levar o jogo para penalties, mas infelizmente João Pereira lesionou-se e a partir daí foi uma questão de minutos até o Benfica chegar ao 2-1, mesmo ao cair do pano.

Finda-se assim, sem grande surpresa, a participação do Sporting na (já mitica) Taça da Cerveja, mas para o futuro guardarei a boa experiência de ver um jogo a eliminar do lado errado da 2ª Circular... se tivesse ido a penaltis teria sido mais emocionante, mas julgo que nenhum Sportinguista poderá dizer que foi um resultado injusto.

De ressalvar a completa ausência de problemas "behind the enemy lines", embora eu tenha mantido alguma descrição... não fosse um diabo tecê-las. Uma experiência a repetir certamente!